Neste sábado, dia 20 de novembro, diversas cidades brasileiras celebram o Dia da Consciência Negra. A data, criada para promover discussões que cercam o racismo no país, pauta as mais diversas questões relacionadas a igualdade racial.
Um dos principais objetivos do dia é o combate a discriminação racial, enraizada na sociedade brasileira. Muitos hábitos e expressões usadas o dia a dia podem, inclusive, ter um cunho racista no significado. Considerando o contexto histórico que envolveu a escravidão e todas as injustiças, é importante se atentar com alguns termos que carregam racismo.
Pensando nisso e incentivando a consciência movida pela data, a todateen separou alguns termos para você tirar do vocabulário.
Cabelo ruim
Cabelo ruim, cabelo bombril, cabelo duro… Muitas vezes são palavras usadas para definir o cabelo crespo. Além de serem expressões utilizadas para fazer piada (sem a menor graça!), o tratamento do cabelo crespo como algo negativo afeta a autoestima de muitas meninas negras. Nunca se esqueçam: o cabelo crespo é lindo e poderoso!
Mulata
A palavra é derivada de “mula”, aquele animal que nasce do cruzamento de um burro com uma égua. A analogia da palavra para se referir a pele negra tem um teor extremamente racista, já que faz referência as crianças filhas de homens brancos com mulheres negras. Essa expressão também colabora com a hipersexualização de mulheres negras.
“Não sou tuas negas”
Quando a gente fala desse jeito, é para diminuir alguém. Dito e feito, a expressão trata mulheres negras como se não valessem de nada, como se fossem apenas um objeto. Isso também se refere a como essas mulheres eram tratadas como propriedade dos homens brancos na época da escravidão. Puro fetiche dos senhores!
Criado mudo
O móvel é super popular no ramo da decoração, mas carrega um significado racista. Na época da escravidão no Brasil, homens e mulheres negras passavam a noite ao lado da cama do “senhor feudal”, para atendê-los. Como o empregado não poderia fazer barulho para atrapalhar os moradores, ele era considerado mudo. O certo é chamar de mesa de cabeceira.
Nasceu com um pé na cozinha
Essa também é uma expressão com total associação às origens. “Ter o pé na cozinha” é literalmente ter origens negras. A mulher negra é sempre associada aos serviços domésticos, já que as escravas podiam ficar dentro das casas grandes na parte da cozinha, onde, inclusive, dormiam no chão.
Bora rever o que você anda dizendo por aí?
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